Tive a ideia de escrever isso sentada num café, na hora do almoço. Uma moça que trabalha no tal café estava contando uma história para uma amiga e disse “eu enfartei com isso” e aí eu fiquei pensando “olha moça, melhor não ficar repetindo essas coisas, as palavras têm poder”.
E falo isso de experiência própria. Passei por coisas assim três vezes e vou contar todas, para que possam se convencer de que eu não estou falando bobagens. A primeira foi aos cinco anos de idade. Eu acordei e sentia uma preguiça incrível. Não queria ir pra escola, não queria sair da cama, só pensei “vou fingir que estou doente, assim a minha mãe me deixa dormir mais um pouco”. Fiz isso. Minha mãe me levou para a médica, porque ela ficou preocupada e eu fiquei internada por três dias com anemia profunda.
Ok, você deve estar pensando. Ela já estava doente, sentiu isso e como criança não soube dizer que era doença e não preguiça. O que as palavras tem a ver com isso? Segundo exemplo. Adolescência. Eu gostava, como todo adolescente, de falar coisas “engraçadas e diferentes” (apesar de hoje parecerem bem idiotas). Quando alguém dizia uma asneira outras crianças respondiam “Ai, meu estômago, isso é uma bobagem”. E eu dizia “Ai meu esófago, isso é uma bobagem”. Pois bem, sabe o que eu tenho hoje? Uma esofagite que nunca, nunca curou. Vira e mexe ela dá o ar da graça e dói muito, a ponto de eu pensar que estou enfartando.
Terceiro exemplo. Um dia estou assistindo um programa de TV que fala de fibromialgia. E eu pensei muito profundamente, com muita compaixão pelas pessoas “Deve ser horrível ter dor o dia todo, todo os dias. Só se uma pessoa quiser se machucar muito desenvolveria uma coisa destas” e, há quatro anos, eu fui diagnosticada com “uma coisa destas”.
Então, mais do que ninguém eu sei do poder que as palavras que saem da nossa boca têm. Conhece aquele ditado “o peixe morre pela boca” ou “Cuidado com o que pede, ele pode se tornar real”? Então, são pura verdade. A física quântica explica este fenômeno quando fala do pensamento (e o que é uma palavra senão um pensamento mais externado?). Alguns autores e cientistas já provaram o quanto isso é verdade. Conhece a experiência de Masaru Emoto, uma cientista japonês e provou que a água muda o seu formato quando colocamos palavras diferentes perante ela? Ele mostrou que as moléculas de água mudam de formato conforme estão em contato com palavras como “amor” onde ela fica bem estruturada e harmônica e “ódio” quando ela fica toda sem forma e feia. Ele fez isso com músicas mais calmas e mais barulhentas, com palavras boas e ruins. E em todos os casos as moléculas se transformaram. Mais uma prova do poder das palavras.
Depois de ver essa experiência comprei uma moringa com as palavras “Drink Love” (Beba amor) nela. E presto atenção à cada coisa que eu falo. Claro, não estou falando de coisas que só dissemos uma vez, às vezes até sem querer. Mas preste atenção às coisas que você repete muito. Estas palavras tornam-se um mantra e um mantra tornar-se uma verdade para você. E sim, vai acabar no seu corpo, na sua vida, na sua história.
Não repita simplesmente. Analise, pesquise, entenda o que está pensando e falando. Tenho certeza de que muitas curas poderão ser feitas à partir de uma simples mudança de vocabulário. O vocabulário da alma não tem desarmonia. Pense nisso!